José Renato Guedes de Matos, 47, era servidor público do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Prefeitura de Manaus e vazava informações sigilosas sobre operações da Central Integrada de Fiscalização (CIF) para empresários do ramo de eventos da capital.
Ele foi preso nesta quarta-feira (03) durante a Operação “Iscariotes”.
O filho dele, José Renato Ferreira de Matos, 23, também é suspeito de atuar no crime. Porém, ele não foi localizado e segue foragido pelos crimes de corrupção passiva, peculato e violação de sigilo funcional.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Louismar Bonates, o caso foi encaminhado para investigação da Polícia Civil, após a CIF identificar que informações sobre as fiscalizações estavam vazando.
Servidor público participava das operações e vazava as informações
Segundo o delegado Guilherme Torres, titular da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), José Renato se valia da condição de funcionário público, participante da CIF, para extorquir e obter dinheiro de empresários do ramo de eventos.
Os valores chegavam a R$ 6 mil, dependendo da ocasião. Ele conseguia as informações das fiscalizações e repassava para o filho dele, que entrava em contato com os empresários.
Os dois alegavam que poderiam desviar a rota da CIF e até tirar da lista os possíveis locais de fiscalização. Isso não passava de uma estratégia para enganar tanto a Policia, quanto os empresários.
Na maioria das vezes, as festas nem estavam na rota e as vítimas depositavam os valores. O crime estava acontecendo desde 2020.
O suspeito entregou outros envolvidos
o José pai foi preso na rua Arthur Reis, bairro São Jorge, zona Oeste de Manaus. Ele confessou que participava do esquema e apontou outras pessoas envolvidas.
Além disso, os empresários que promovem festas clandestinas e procuravam o suspeito também serão indiciados pelo crime de corrupção ativa.
O secretário municipal chefe da Casa Militar, tenente William Dias, destacou que o órgão já tinha conhecimento da prática criminosa, mas o servidor foi mantido no quadro de funcionários para não atrapalhar as investigações.
“Ele trocava frequentemente de endereço, tivemos que monitorá-lo para conseguir a localidade e unir provas para efetuar a prisão”, disse.
José Renato Guedes de Matos irá responder por corrupção passiva, peculato e violação de sigilo funcional. Após os procedimentos cabíveis na Deccor, ele será encaminhado para a Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde permanecerá à disposição da Justiça.
As pessoas que souberem a localização do filho dele, José Renato Ferreira de Matos, devem entrar em contato pelo 181, o disque-denúncia da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
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