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- Silas Malafaia foi abordado pela PF no Aeroporto do Galeão.
- Celulares do pastor foram apreendidos após ordem do STF.
- Ele é suspeito de ajudar Bolsonaro a obstruir investigações.
- Silas Malafaia operação Polícia Federal envolve tentativa de golpe.
Rio de Janeiro (RJ) – A Polícia Federal abordou o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão, na noite desta quarta-feira (20), e cumpriu um mandado de busca e apreensão de celulares. Ele voltava de uma viagem a Lisboa quando foi surpreendido pelos agentes.
A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e faz parte da Petição nº 14129, que investiga uma suposta tentativa de obstrução de Justiça ligada à trama golpista envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Silas Malafaia é investigado por ajudar a atrapalhar investigações
Além da apreensão dos aparelhos, o pastor foi alvo de medidas cautelares que incluem a proibição de sair do país e de manter contato com outros investigados. Ele foi levado para uma sala da PF no próprio aeroporto, onde prestou depoimento.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Malafaia teria atuado como orientador e auxiliar de ações de coação e obstrução junto aos também investigados Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro.
“Impõe-se concluir que estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultante, de interferir ilicitamente no curso e no desenlace da Ação Penal n. 2668”, afirmou o procurador-geral Paulo Gonet.
Pastor é figura ativa em atos pró-Bolsonaro
Silas Malafaia tem sido presença constante em manifestações de apoio ao ex-presidente. Em agosto de 2025, discursou na Avenida Paulista durante o ato chamado “Reaja Brasil”, que pedia anistia e liberdade de expressão.
O mandado contra ele foi solicitado pela PF e teve apoio da PGR, com base em diálogos e publicações que ligariam o pastor às tentativas de atrapalhar as investigações contra Bolsonaro.
Repercussão e próximos passos
O caso deve seguir com novas oitivas e análise do material apreendido. A PF ainda não informou se Malafaia poderá ser chamado novamente para depor ou se haverá novos alvos ligados à mesma investigação.
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