Três homens que não tiveram as identidades divulgadas foram presos, nessa quinta-feira (16/03), suspeitos de participarem de uma organização criminosa que vendia clandestinamente anabolizantes e medicamentos abortivos.
De acordo com a PC, os remédios eram vendidos em Manaus, Iranduba, Rio Preto da Eva e no Pará.
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A operação foi realizada por policiais do 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Segundo o delegado Cícero Túlio, titular do DIP, o grupo criminoso gerenciava redes sociais em Belém do Pará, para anunciar as vendas das pílulas abortivas.
“Além disso, um dos indivíduos ministrava anabolizantes em praticantes de musculação em diversas academias de Manaus”, disse.
A Polícia não descarta a participação de outras pessoas envolvidas no esquema criminoso. Por, isso as diligências continuam.
O que diz a lei
Só há crime de venda ilegal de remédio quando a substância for proibida pela Anvisa, conforme o artigo 273, parágrafo 1º-B, do Código Penal. Portanto, quem comercializa substância expressamente proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária está comente crime e pode pegar de 10 a 15 anos de prisão. Mesmo assim, os criminosos não se inibem e continuam vendendo esses produtos, principalmente pela internet.
Outras drogas, usadas para emagrecimento ou ganho de massa muscular, estão no topo da lista de produtos vendidos clandestinamente. O crime de venda de medicamentos abortivos é considerado hediondo e a pessoa pode ser presa e não gozar de benefícios como o indulto, por exemplo.
Já quem compra esses produtos para uso pessoas, se estiver grávida e o aborto for consumado, pode pegar de 1 a 3 anos de reclusão em regime fechado.
Os suspeitos estão presos na carceragem do 13⁰ DIP onde deverão permanecer à disposição da Justiça.
Paulo Paixão/Polícia 24h