Uma equipe do 6º Distrito Integrado de Polícia, em parceria com o Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas (Sinpoeam), deteve na tarde desta terça-feira (1) uma mulher que se passava por perita criminal nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. Tatiana Rosa Jaques, de 46 anos, postava fotos e vídeos em seus perfis na internet usando distintivo e farda da polícia de forma ilegal, e se apresentava como profissional da perícia do Amazonas em lives e palestras virtuais.
Tatiana foi detida pela polícia após uma série de denúncias realizadas pelo Sindicato, que ao longo dos últimos meses tem coletado provas na internet e através de serviços de inteligência dos crimes cometidos por ela. Postagens no Instagram, no Facebook e no status do Whatsapp foram anexadas às denúncias apresentadas à polícia. Ela deverá responder processo pelo crime de falsa identidade e outros que ainda serão averiguados.
Alerta
A conduta de Tatiana expõe um problema comum que é a desinformação em relação à atividade de perito criminal oficial. Não existe curso técnico, de graduação ou de pós-graduação específico para a formação de novos peritos oficiais. O único caminho para ingressar nessa carreira é prestando concurso público, e é necessário que o profissional seja formado em alguma das diversas áreas englobadas na perícia.
De acordo com o presidente do Sinpoeam, Ilton Soares, existem várias instituições de ensino e alguns profissionais que enganam seus alunos ao prometer transformá-los em peritos criminais oficiais, sem explicar os requisitos que essa profissão exige. “Tem muita gente que sonha ingressar na carreira da perícia, mas não têm informações sobre o assunto, e são facilmente enganados por péssimos profissionais e péssimas instituições de ensino que vendem uma mentira. Nós, como sindicato, prezamos sempre pela verdade, e alertamos a sociedade de que o único caminho para virar perito oficial é o concurso público”, afirmou.