Bastou a Família do Norte (FDN) perder espaço em Manaus para o Comando Vermelho (CV) começar a enfrentar seu inimigo histórico na guerra entre facções. Na madrugada de ontem, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Manaus tentaram tomar bocas de fumo na comunidade Nossa Senhora de Fátima 1, na zona norte de Manaus. Os moradores viveram momentos de terror durante um confronto armado.
O confronto aconteceu na região das ruas Jordão, Nazaré e Adonias, próximo ao igarapé. Quem estava na parte alta dessas ruas filmou a guerra entre as duas facções. Nas imagens é possível ver os grupos trocando tiros.
Alguns moradores da comunidade mandaram mensagens para o site P24h (98136-0024) relatando que esse tipo de situação tem sido comum. Segundo ele a facção Comando Vermelho passou a ser atacada por membros do PCC que se aliaram a integrantes da Família do Norte (FDN) depois que ela perdeu espaço em Manaus. “Moradores da comunidade estão apavorados. Briga de facção PCC com CV. Bala toda hora na comunidade. O povo não tem mais paz”, dizia uma das mensagens.
No caso do tiroteio dessa quarta-feira, dia 20, a polícia nem chegou a ir ao local e também não foi registrado nenhuma morte em decorrência do tiroteio.
CV x FDN
Até fevereiro deste ano, o Comando Vermelho e a Família do Norte travavam um intenso confronto por espaço em Manaus e no Estado. Mas a partir de 10 de fevereiro, a facção carioca sobrepujou a organização criminosa amazonense e dominou a capital após um rastro de sangue causado por centenas de mortes violentas.
Desde então a FDN passou a resistir apenas no seu reduto, no bairro da Compensa, na zona norte de Manaus. Contudo, especialistas em segurança ouvidos pelo P24h afirmavam que havia um risco muito grande de a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) surgir no espaço deixado pela FDN.
Afinal PCC e CV são inimigos históricos na região Sudeste do país. Aqui em Manaus, segundo fontes ouvidas, o PCC ofereceu apoio à FDN para retomar os pontos de venda de drogas.
Resta saber se essa aliança entre PCC e FDN vai resultar em nova onda de mortes violentas.
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