Um vídeo divulgado pela emissora japonesa TBS mostra o momento em que a jovem amazonense Aylah Gabrielly de Sousa Oliveira, de 19 anos, foi presa no Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio. As imagens exibem policiais interceptando a brasileira, que carregava entorpecentes escondidos no sutiã.
A prisão ocorreu em 19 de agosto, quando Aylah tentava embarcar. A jovem é mãe de um menino de 2 anos e havia saído de Manaus em 28 de julho, informando à família que viajaria para São Paulo. O desaparecimento foi comunicado à Polícia Civil do Amazonas após a interrupção do contato.
Imagens da prisão no Japão
No vídeo, agentes de segurança aparecem conduzindo a abordagem no saguão do aeroporto. A jovem, de aparência surpresa, é cercada e levada para uma área reservada. O material ganhou destaque na imprensa japonesa, reforçando o rigor da legislação antidrogas do país.
A divulgação das imagens amplia a repercussão do caso, que já vinha sendo acompanhado pela Embaixada do Brasil em Tóquio.
Esquema internacional de tráfico
Segundo as autoridades japonesas, a prisão pode estar ligada a um esquema internacional de aliciamento de jovens brasileiros. Esses grupos oferecem viagens e promessas de ganhos rápidos, mas utilizam os viajantes como “mulas” para transporte de drogas.
Especialistas explicam que mulheres jovens, especialmente em situação de vulnerabilidade, são alvos frequentes desses criminosos. O risco é ainda maior em países como o Japão, onde o tráfico pode resultar em penas superiores a 15 anos de prisão.
Contexto e desdobramentos
A investigação é conduzida pela Polícia de Osaka, que apura se há conexões com redes internacionais. A Embaixada brasileira acompanha o processo, oferecendo assistência consular.
No Brasil, o caso reacendeu alertas sobre propostas suspeitas de viagens ao exterior. O Ministério da Justiça orienta que ofertas sem garantias formais sejam recusadas e comunicadas às autoridades.
Legislação japonesa severa
No Japão, os crimes relacionados a drogas são tratados com extremo rigor. As penas incluem:
- Prisão de até 10 anos para posse de pequenas quantidades.
- Condenações de 15 anos ou mais em casos de tráfico internacional.
- Deportação imediata após o cumprimento da pena para estrangeiros.
A prisão de Aylah reforça a postura do governo japonês contra o tráfico de drogas em aeroportos internacionais.
Família aguarda informações
Em Manaus, familiares de Aylah aguardam novas atualizações do caso. O filho da jovem, de apenas 2 anos, permanece sob os cuidados da família.
O caso segue em investigação no Japão, sem previsão de conclusão.
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