Na manhã desta quarta-feira (20), o Ministério Público do Rio (MPRJ) e as corregedorias da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizam uma operação para prender 18 policiais militares da ativa, um reformado e um policial penal que integram a organização criminosa liderada pelo contraventor Rogério de Andrade. Até o momento, 17 PMs já foram presos.
Além disso, os agentes também cumprem 50 mandados de busca e apreensão. Durante a manhã, grande quantidade de dinheiro apreendido está sendo encaminhado a sede do Ministério Público, no Centro do Rio.
Leia mais: Juiz substitui prisão de delegada encontrada com R$ 1,8 milhão por medidas cautelares
Ao todo são 20 mandados de prisão, sendo 19 contra policiais. Além disso, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou à Justiça 31 pessoas pelo crime de organização criminosa.
Os mandados da operação ‘Petrorianos’ foram obtidos junto à 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital e estão sendo cumpridos em diversos bairros do Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da operação Calígula, que aconteceu em maio de 2022, e resultou na prisão da delegada Adriana Belém e do delegado Marcos Cipriano.
A operação também conta com o apoio da DC-Polinter. Segundo a Polícia Militar, será instaurado um procedimento interno para apurar os fatos e a corporação contribuirá com as investigações do Ministério Público.
“Em operações de combate a contravenções penais nos últimos três anos, a PM já apreendeu 6.300 máquinas de caça níquel, 2.763 presos e cerca de 800 mil reais apreendidos”, disse em nota.
Quem é Rogério Andrade
Sobrinho de Castor de Andrade, símbolo da contravenção carioca na década de 1980, Rogério de Andrade seguiu o legado do tio no jogo do bicho. O bicheiro chegou a ser preso em agosto de 2022, após um pedido do Gaeco (Grupo
de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), do MPRJ. No entanto, o contraventor foi solto em dezembro do mesmo ano, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) substituiu sua prisão por medidas cautelares. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar.