Pessoas ligadas ao vereador Gilmar Nascimento (sem partido) aparecem entre os envolvidos em um esquema de possível enriquecimento ilícito envolvendo o Festival Folclórico do Parque 10 de Novembro, no Centro Social Urbano (CSU) do bairro, na zona Centro-Sul de Manaus. A ligação deles foi denunciada na Câmara Municipal de Manaus (CMM) pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos) durante sessão plenária nesta quinta-feira (23).
Na representação, que deve ser apresentada por Guedes ao Ministério Público do Amazonas (MPAM), pelo menos duas pessoas com histórico de ligação com o vereador Gilmar Mendes aparecem citadas: Derval Santos, atual gestor do CSU e Syndean Barros Brasil Marques, assessor do vereador.
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Em matéria publicada pelo site Radar Amazônico, na terça-feira (21), a reportagem apurou que Derval, que é ex-assessor de Mendes, é lotado atualmente em um cargo comissionada na Casa Civil da Prefeitura, com salário de R$ 3.746,70. Já Syndean é assessor de Mendes, lotado no gabinete do vereador, com vencimentos mensais de R$ 6.399,89 pagos pela CMM.
Um terceiro nome ligado ao vereador também aparece ao longo da apuração. Se trata de Francisco Emerson Menezes de Almeida, que é proprietário da “Arsenal Produções”, empresa que recebeu R$ 1.008.900,00 (Um milhão, oito mil e novecentos reais) pelo fornecimento da aparelhagem de som utilizada no Festival. O nome de
Francisco também aparece em outra situação suspeita: ele recebeu transferências por meio de PIX de permissionários que pagaram entre R$ 2.200,00 e R$ 4.500,00 para poder instalar barracas e vender seus produtos durante os festejos juninos no CSU.
Após o caso ser exposto no plenário da CMM pelo vereador Rodrigo Guedes, que não citou o nome do colega parlamentar, Gilmar Mendes ocupou a tribuna para atacar Guedes, sem, no entanto, explicar as acusações. Em réplica, Guedes expôs os fatos relacionados à exploração irregular do espaço público.
Ninguém se manifestou até o momento sobre as informações veiculadas. As informações são do site Radar Amazônico.