Segundo dados do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidas (Plid) do Ministério Público Estadual (MPE), em todo Amazonas 22 crianças são consideradas desaparecidas. Entre elas estão o pequeno Erlon Gabriel, de 2 anos, que sumiu no último dia 6, na comunidade União da Vitória, no bairro Tarumã, na zona oeste de Manaus.
Esse cadastro mantido pelo Plid vai para o sistema nacional de desaparecidos, um banco de dados com todas as pessoas desaparecidas no país.
“Esse banco de dados já nos permitiu identificar aqui no Amazonas uma pessoa considerada desaparecida há mais de 20 anos no Estado de Rondônia”, lembrou a promotora de justiça Lucíola Valois, responsável pelo Plid no Amazonas.
O banco de dados é alimentado toda vez que um boletim de ocorrência é feito na Polícia Civil sobre pessoa desaparecida. Até hoje a menina Shara Ruana, desaparecida há 13 anos, em outubro de 2007, permanece nesse banco de dados.
Atualmente duas delegacias cuidam de casos de desaparecidos no Amazonas: a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), em casos de menores de 18 anos; e a a Delegacia Especializada em Ordem Pública e Social (Deops), no caso de maiores de 18 anos.
Quando registrar o desaparecimento?
É falsa a afirmação de que só se pode registrar o caso de uma pessoa desaparecida após 24 horas de seu sumiço.
“A partir do momento me que a pessoa sai de uma rotina, como por exemplo estar em casa no mesmo horário; e se torna incomunicável, essa família deve procurar imediatamente a delegacia para registrar esse desaparecimento. Uma demora nessa comunicação pode valer uma vida”, explicou a promotora Lucíola Valois.
Atualmente qualquer delegacia pode registrar o desaparecimento, mas esse boletim de ocorrência será remetido ou a Depca ou a Deops para abertura de investigação.
Há inclusive um site mantido pela PC com todas as pessoas desaparecidas no Amazonas. Nele é possível se obter a foto e as formas de denúncia para localização da pessoa.