Um corpo queimado encontrado dentro de um carro entrou na mira de uma investigação sobre o desaparecimento de um fuzileiro realizada pela Delegacia de Homicídio de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), após ter sido encontrado no último domingo (14), em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Uma das hipóteses é que o corpo seja do fuzileiro naval Matheus Filipe, de 24 anos, desaparecido há cinco dias, após sair de sua casa, localizada no bairro Santa Luzia.
Os restos mortais foram encontrados por policiais do Serviço de Inteligência do 7º Batalhão (São Gonçalo) no banco traseiro de um carro que não era o dele, dentro de um terreno baldio na Rua Líbano Ferreira, bairro Monjolos, após uma denúncia anônima.
O delegado responsável pelas investigações, Mário Lamblet, afirmou ao jornal “O Dia” ter ouvido familiares do militar, testemunhas e tenta confirmar se o corpo queimado pertence ao fuzileiro.
“Estamos trabalhando em várias frentes para obtermos mais informações. Por enquanto, a possibilidade de o corpo ser do militar está no campo da suspeita”, disse Lamblet, que tem como principal linha de investigação o fato de o desaparecimento ter ocorrido numa área “considerada de risco”.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) no município vizinho de Tribobó, onde será submetido a exames de identificação.
Familiares buscam pelo fuzileiro
Desde o desaparecimento, familiares e amigos fazem buscas e se mobilizam nas redes sociais para encontrar o paradeiro de Matheus, que tem uma filha de 4 anos. A irmã do militar, Andressa Coelho, disse ao jornal carioca que, até o momento, a família não recebeu nenhuma informação que ajude a identificar seu paradeiro ou sequer qual era o seu destino quando saiu de casa, na noite de quinta-feira (, até o momento, não tem nenhuma informação sobre onde ele possa estar ou ter ido na noite de quinta-feira (11).
Matheus é descrito como um jovem trabalhador e pai de família por amigos que compartilham suas fotos em redes sociais na tentativa de localizá-lo.
Marinha do Brasil emitiu nota sobre o caso
A Marinha do Brasil informou, em nota, que “mantém contato com familiares do militar e tem atendido às demandas da Polícia Civil fluminense, no intuito de colaborar com as investigações”. Confira a nota na íntegra:
“A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando da Força dos Fuzileiros da Esquadra (ComFFE), informa que, em 11 de fevereiro, o cabo Matheus Filipe se apresentou para servir no 1º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (1ºBtllnfFuzNav), após a conclusão de Curso de Especialização, sendo licenciado normalmente naquele dia. Desde a notícia de seu suposto desaparecimento, o Comandante do Batalhão mantém contato com familiares do militar e tem atendido às demandas da Polícia Civil, no intuito de colaborar com as investigações”.