A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagraram a Operação ÍNVIO na manhã de quinta-feira (08). A operação investiga crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro em obras do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Foram investigados o convênio firmado entre o INCRA e a Prefeitura Municipal de Rio Preto da Eva para realização de obras de recuperação de ramais de acesso (estradas) às comunidades rurais do município, nos anos de 2017 e 2018.
O prejuízo causado em razão do pagamento por serviços não executados, inacabados ou de péssima qualidade, alcança o valor de R$ 4.883.814.
Durante a ação, os policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão, sendo cinco em Manaus, um no município de Rio Preto da Eva, no interior do Amazonas, e um em Recife, capital de Pernambuco.
Segundo as investigações, há indícios de direcionamento nos processos de dispensa de licitação realizados pela Prefeitura Municipal de Rio Preto da Eva, que resultou na contratação das empresas alvos desta Operação.
A Polícia Federal detectou a existência de elementos que apontam para a existência de superfaturamento nos serviços pagos pela Secretaria de Obras de Rio Preto da Eva, com recursos federais oriundos do INCRA, consistente no pagamento integral por serviços apenas parcialmente prestados ou até mesmo não executados.
Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 (trinta) anos de prisão.
