Uma mulher de 37 anos foi presa em flagrante por torturar o próprio filho, de 10 anos, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O caso ocorreu na sexta-feira (19). A vítima teve as mãos queimadas com colher e ovos quentes, segundo o Conselho Tutelar.
Dois irmãos do menino, de 15 e 17 anos, também foram apreendidos por ato infracional análogo à tortura. Eles teriam imobilizado a criança enquanto a mãe cometia as agressões.
Castigo por dinheiro usado para doces
De acordo com o conselheiro tutelar Marcelo Faustino, o garoto foi agredido porque pegou dinheiro da bolsa da mãe para comprar pipoca, açaí e doces. O menino relatou que não sabia a quantia exata, variando entre R$ 2 e R$ 5.
As agressões causaram queimaduras de segundo e terceiro graus. Após o crime, a criança conseguiu fugir de casa e foi acolhida por vizinhos na manhã seguinte.
Resgate e estado de saúde
O menino recebeu atendimento inicial no Hospital Geral de Prazeres e, em seguida, foi transferido para o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Recife. Ele está internado no setor de queimados e segue sem previsão de alta.
Segundo o Conselho Tutelar, o garoto agora está sob os cuidados do pai. “Ontem estive no hospital, conversei com os médicos e o pai. Ele segue em tratamento e será submetido a novos curativos”, disse Faustino.
Histórico de violência
O menino também revelou que já havia sofrido outras agressões. Segundo o conselheiro, ele contou que a mãe chegou a queimá-lo anteriormente com uma chapinha de cabelo.
A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante da mulher por tortura. Os dois adolescentes foram levados à Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) e depois encaminhados ao Centro de Internação Provisória (Cenip).
Destino dos irmãos mais novos
Além do garoto de 10 anos e dos adolescentes apreendidos, a mulher tem outros dois filhos, de 2 e 4 anos. Eles foram encaminhados para unidades de acolhimento, já que não têm pai identificado nos registros.
“A família é totalmente desestruturada. Não podemos deixar as crianças nesse ambiente. Vamos trabalhar para que recebam proteção e não sofram mais agressões”, afirmou o conselheiro.
Prisão preventiva
A mãe passou por audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva. Ela foi encaminhada à Colônia Penal Feminina Bom Pastor, na Zona Oeste do Recife.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Pernambuco.
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