A Justiça iniciou a audiência no caso de palestino morto em Manaus. O julgamento começou nesta quarta-feira (2), no Fórum Henoch Reis, e apura a morte de Mohamad Manasrah, assassinado após uma briga na saída de uma casa noturna no bairro Nossa Senhora das Graças.
Os acusados são Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior. Eles também respondem por tentativa de homicídio contra Ismail Manasrah, irmão da vítima.
Palestino morto na saída de boate em Manaus
O crime aconteceu no dia 8 de fevereiro de 2025, por volta das 2h da manhã, na Rua Rio Içá, no conjunto Vieiralves. Segundo o Ministério Público, os réus usaram um gargalo de garrafa para atacar os irmãos palestinos após uma confusão dentro da boate.
De acordo com a denúncia, os seguranças do local chegaram a intervir na briga. Mesmo assim, os acusados esperaram as vítimas do lado de fora. Quando Mohamad, Ismail e amigos deixaram o local, foram surpreendidos e atacados violentamente.
Réu está preso; outro é foragido
Bruno Gomes está preso e participou da audiência por videoconferência. Já Robson Nava é considerado foragido, mas também participou da sessão por vídeo, com autorização do STF.
A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus ouviu quatro testemunhas, além da vítima Ismail e dois informantes. Bruno foi interrogado. Robson será ouvido na próxima audiência, marcada para 22 de julho, às 8h30.
Próximos passos do processo
Após o fim das audiências, o juiz abre prazo para que defesa e acusação apresentem as alegações finais. Em seguida, decide se os réus vão a júri popular.
Segundo o inquérito da Polícia Civil, os principais pontos do caso são:
- Briga começou dentro da casa noturna;
- Seguranças separaram os envolvidos;
- Réus esperaram as vítimas do lado de fora;
- Mohamad foi morto com gargalo de garrafa;
- Ismail sobreviveu, mas também foi ferido.
O caso gerou comoção na comunidade palestina em Manaus. Familiares pedem justiça e punição aos responsáveis.
O processo segue em tramitação na Justiça do Amazonas.
Entenda o caso Mohamad Manasrah
A morte de Mohamad Manasrah expôs a violência nas saídas de casas noturnas na capital amazonense. O crime brutal, com uso de arma improvisada, reforça a necessidade de segurança em áreas de lazer.
A Justiça agora avalia se há provas suficientes para levar os réus ao tribunal do júri. A decisão será tomada após a fase de instrução.