Manaus (AM) – Um menino de 8 anos teve o tímpano perfurado após levar tapas de um oficial de justiça dentro de um condomínio na Avenida Constantino Nery, bairro Chapada, zona Centro-Sul da capital. A agressão aconteceu na noite de 4 de setembro, mas só veio à tona nesta segunda-feira (15).
Segundo a mãe da vítima, o homem deu tapas na orelha da criança após ela tentar impedir que fosse filmada. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Oficial filmava criança antes da agressão
Imagens das câmeras de segurança do condomínio, obtidas pelo pai do menino, mostram o momento em que o oficial começa a filmar a criança, que reage tentando impedir a gravação. Em seguida, o agressor dá um tapa que derruba o garoto.
“Meu filho tenta tirar o celular dele porque não gosta de ser filmado, então ele dá um tapa no meu filho e ele cai”, contou o pai, emocionado. A criança ainda tenta reagir, mas leva outro tapa na sequência.
“É um adulto se comparando com uma criança. Ele omite tudo e simplesmente vai embora”, desabafou o pai.
Laudo confirma perfuração do tímpano
No dia seguinte à agressão, a criança passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Com o agravamento das dores, a família buscou atendimento especializado. Um otorrinolaringologista confirmou a perfuração do tímpano, causada pelos impactos.
O laudo apontou secreção de pus e dor intensa, exigindo tratamento com medicamentos e exames como audiometria. A criança segue sob acompanhamento médico.
Família denuncia e cobra justiça
A cuidadora da criança, Leidiane, presenciou o fim da agressão. Segundo ela, o oficial tentou inverter a situação, dizendo ter sido atacado. A família protocolou uma representação na Corregedoria do TJAM nesta segunda-feira (9).
“Trata-se de crime cometido por um profissional que conhece e aplica a lei. Queremos justiça para que isso não aconteça com outras crianças”, afirmou o advogado da família.
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e a Polícia Civil foram acionados, mas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o andamento da investigação.
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