Desde o fim de semana até esta terça-feira, dia 18, representantes de órgãos ambientais e de segurança pública estiveram no município de Apuí (a 408 quilômetros de Manaus) para a segunda fase da Operação Curuquetê 2, do Governo do Amazonas. As autoridades acompanharam as atividades em campo, para aprimorar as ações do Estado contra o avanço do desmatamento e queimadas na região.
Fizeram parte da comitiva representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O objetivo principal foi propor alternativas para melhorar a atuação integrada no município, segundo explica a secretária adjunta de Gestão Ambiental da Sema, Christina Fischer.
“O Governo do Amazonas está preocupado em buscar soluções para conter o desmatamento e as queimadas no sul do estado, tanto com o aprimoramento das ações de comando e controle ambiental quanto com o avanço do ordenamento territorial e incentivo à bioeconomia. Com o reconhecimento de campo, cada órgão deve desenvolver propostas, a partir dos seus próprios pontos de vista e área de atuação”, explicou.
No sábado, dia 15, uma reunião para alinhamento operacional das ações foi realizada no Centro Multifuncional de Apuí, junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Exército Brasileiro e entidades da sociedade civil. Já no domingo, dia 16, a comitiva seguiu os trabalhos em campo coordenados pelo Ipaam, com apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar e do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) de Humaitá.
Suporte tecnológico
A Operação Curuquetê 2 teve início no dia 16 de junho. No início de agosto, equipes do Estado iniciaram a segunda fase de atuação, voltada principalmente para Apuí. O município lidera o ranking de queimadas no estado, com mais de 1,8 mil focos de calor registrados em 2020.
As equipes de fiscalização em campo trabalham com informações georreferenciadas, previamente analisadas pelo corpo técnico da Sema, em Manaus. As informações apontam a localização dos principais polígonos de desmatamento em Apuí, considerados como áreas vulneráveis para a ocorrência de queimadas ilegais.
De acordo com o gerente de Fiscalização do Ipaam, Raimundo Chuvas o instituto aplicou de mais de R$ 15,4 milhões em multas, em 10 dias de atuação integrada.
A Operação Curuquetê 2 conta ainda com suporte do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Defesa Civil e Polícia Civil do Estado. O enfrentamento às queimadas conta com a atuação do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Operação Verde Brasil 2, além de brigadistas municipais.