Um idoso de 70 anos foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (15) no Rio de Janeiro por vender objetos com símbolos nazistas pela internet. A prisão ocorreu durante a Operação Lembrança Ingrata, que investiga crimes de apologia ao nazismo.
O suspeito foi detido em flagrante em sua casa, no bairro de Botafogo, zona sul da capital fluminense. A ação foi autorizada pela 8ª Vara Criminal Federal do Rio.
Idoso é preso pela PF por vender símbolos nazistas no Rio de Janeiro
Segundo a PF, a investigação começou após uma ONG denunciar uma página online que vendia itens com a cruz suástica, símbolo associado ao nazismo. O site comercializava:
- Emblemas e distintivos com a cruz gamada
- Bandeiras e uniformes nazistas
- Revistas e ornamentos de propaganda nazista
- Moedas e objetos históricos com apologia ao regime
Após análise de dados digitais e diligências, os agentes identificaram o responsável pelas vendas ilegais. Durante o cumprimento do mandado de busca, foram encontrados diversos materiais em sua residência.
Materiais nazistas foram apreendidos pela PF
Entre os objetos apreendidos estavam bandeiras, revistas, breves e moedas com a suástica. A PF confirmou que o idoso continuava vendendo os itens mesmo após o início da investigação.
O homem foi preso em flagrante e responderá por apologia ao nazismo, crime previsto no artigo 20 da Lei nº 7.716/1989, que trata de crimes resultantes de preconceito racial ou de cor.
Entenda o crime de apologia ao nazismo no Brasil
No Brasil, é crime fabricar, comercializar ou divulgar símbolos nazistas. A pena pode chegar a cinco anos de reclusão, além de multa.
Casos semelhantes já foram registrados no país. Em 2022, um professor foi afastado após usar símbolos nazistas em sala de aula no Paraná. Em São Paulo, em 2021, um antiquário foi investigado por vender objetos do Terceiro Reich.
O combate à apologia ao nazismo tem ganhado atenção das autoridades, principalmente com o aumento de conteúdos extremistas circulando na internet.
PF reforça combate ao extremismo e crimes cibernéticos
A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (Deleciber), que atua contra crimes praticados na internet. A PF reforçou que continuará monitorando páginas suspeitas e investigando práticas que incentivem o ódio e a intolerância.
Denúncias sobre esse tipo de crime podem ser feitas anonimamente pelo canal de denúncias da Polícia Federal.