Um carro explodiu enquanto era abastecido com gás natural veicular (GNV) na manhã desta quinta-feira (11) em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro. O frentista do estabelecimento teve as pernas decepadas e, posteriormente, morreu no hospital.
A Secretaria de Saúde do município confirmou mais quatro vítimas feridas no incidente, que deixou o carro completamente destruído e abalou a estrutura do posto de combustíveis. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 12h, e informou, inicialmente, que duas pessoas tinham ficado feridas.
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O frentista tinha 21 anos e teve as duas pernas amputadas na explosão. Levado para o pronto-socorro municipal em estado gravíssimo, ele acabou não resistindo.
O dono do veículo, de 28 anos, sofreu um ferimento extenso no lado esquerdo da mandíbula, além de lesões no tórax e no abdome. Foi feita sutura em áreas atingidas, e ele passará por avaliação no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama (RJ).
Entre as vítimas, estão mais dois funcionários do posto: um frentista e um encarregado de pista, que sofreram cortes devido aos estilhaços e já tiveram alta. Um guarda municipal foi atingido por um pneu que se desprendeu de um caminhão que estava perto do local da explosão e, queixando-se de dor, foi encaminhado ao Hospital Estadual Roberto Chabo para exames de imagem e avaliar se será necessária cirurgia.
De acordo com a prefeitura de São Pedro da Aldeia, a Guarda Civil Municipal e a Defesa Civil isolaram o perímetro após a explosão. A Polícia Civil faz a perícia para apurar as causas do acidente.
Esta é a segunda explosão de um veículo em pouco mais de duas semanas no estado do Rio de Janeiro. No dia 26 de julho, um carro explodiu enquanto era abastecido com GNV na zona norte da capital fluminense. Um homem morreu e uma mulher ficou ferida.
Fiscalização
Procurada pela Agência Brasil, a concessionária Naturgy informou que é responsável apenas pelo fornecimento do GNV. A fiscalização das instalações de postos de combustíveis é atribuição da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), órgão regulatório vinculado ao Ministério de Minas e Energia. No caso do GNV, há um limite de pressão máxima de abastecimento. O descumprimento pode levar à autuação do posto.
Por outro lado, a ANP não tem atribuição legal para atuar se a explosão estiver relacionada com a má conservação e condições de instalação ou manutenção do kit GNV do veículo. As oficinas que fazem tais serviços precisam ser credenciadas pelo Inmetro, autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia. É possível consultar pela internet a lista de estabelecimentos regulares.
Segundo a orientação do Inmetro, o kit GNV deve passar por manutenção anual. A não realização do serviço ou sua realização em oficinas não credenciadas aumenta os riscos de explosão.
Também é recomendado que, na hora do abastecimentos, motoristas e passageiros saiam do carro e se posicionem à sua frente. Veículos que estiverem aguardando atendimento devem ser mantidos a uma distância segura dos que estiverem sendo abastecidos.
Agência Brasil