Grávida quase perdeu o bebê após receber diagnóstico errado na maternidade Moura Tapajóz, em Manaus. A esteticista Jéssica Araújo, de 29 anos, contou que foi informada sobre um suposto óbito fetal e só não passou por um aborto induzido porque buscou uma segunda opinião médica.
Erro aconteceu na zona Oeste de Manaus
O caso aconteceu no dia 8 de julho, na unidade localizada no bairro Compensa. Jéssica estava com 7 meses de gestação e procurou atendimento após sentir fortes dores na região pélvica.
Segundo ela, houve demora no atendimento. Após a triagem, foi examinada por uma médica que não conseguiu ouvir os batimentos do bebê. A profissional então solicitou exames de sangue, urina e uma ultrassonografia.
Exame apontou morte do bebê em 5 minutos
Durante a ultrassonografia, Jéssica foi impedida de entrar com acompanhante. Em menos de cinco minutos, o médico e a assistente anunciaram a morte do feto. A médica responsável confirmou o diagnóstico e indicou a internação para indução do parto.
“Mesmo assim, eu sentia meu bebê mexer. Avisei o técnico de enfermagem, mas a médica disse que eram apenas gases”, relatou Jéssica em suas redes sociais.
Paciente quase foi internada à força
Ela já estava com acesso venoso instalado e vestida com bata hospitalar quando soube que não havia leito disponível. Foi nesse momento que pediu para sair da unidade e procurar outro hospital.
A maternidade autorizou a saída, mas se recusou a entregar os exames. Jéssica conseguiu tirar uma foto do laudo médico antes de sair.
Bebê foi encontrado vivo em outra maternidade
Na maternidade Dona Lindu, ela foi atendida rapidamente. O médico estranhou a ausência de sangramento e o útero fechado. Ao usar o aparelho, ouviu os batimentos cardíacos do bebê.
“Meu coração quase saiu pela boca”, contou Jéssica à imprensa.
Família entrou com processo contra médicos
Jéssica processou os dois médicos da maternidade Moura Tapajóz e a Prefeitura de Manaus. Ela também divulgou o caso nas redes sociais para alertar outras mães.
“Depois que publiquei, muitas mulheres disseram que passaram por situações parecidas. Outras começaram a duvidar se o diagnóstico que receberam foi mesmo certo”, afirmou.
Secretaria de Saúde investiga o caso
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disse que abriu investigação para apurar o erro. A pasta afirmou que os protocolos clínicos foram seguidos na unidade.
O caso gerou revolta nas redes sociais e levantou questionamentos sobre a qualidade dos atendimentos nas maternidades públicas da capital.
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