Na noite da última quinta-feira (14), uma travesti conhecida como Jéssica Hadassa foi morta com quatro tiros, sendo um fatal, na região da cabeça. O crime ocorreu em Parintins, interior do Amazonas e a suspeita é que o assassinato tenha sido motivado pela suspeita de que a travesti tenha estuprado uma criança de apenas cinco anos.
Segundo o delegado Adilson Cunha, titular da Delegacia Integrada de Polícia (DIP) de Parintins, a mãe da criança ofereceu abrigo para a travesti em sua residência e, por diversas vezes, saía para fazer compras, deixando a suspeita sozinha com as crianças, devido a confiança que tinha nela.
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De acordo com a autoridade policial, o caso veio à tona quando a menina começou a sentir dores abdominais e foi levada a uma unidade de saúde. A equipe médica identificou sinais de abuso sexual durante o atendimento.
O delegado afirma que a criança, ao relatar as dores à mãe, manifestou o desejo de que a travesti não mais frequentasse sua casa, indicando indiretamente a suspeita.
O caso foi denunciado e Jéssica foi presa, mas negou veementemente a prática do crime. Para confirmar a acusação, a criança foi submetida a exames de conjunção carnal no Instituto Médico Legal (IML), mas o resultado não indicou indícios de abuso sexual.
Devido a falta de provas concretas, a travesti foi liberada da prisão. No entanto, horas depois, seu corpo foi encontrado sem vida na Estrada do Macurany. Ela havia sido atingida por quatro tiros, sendo um deles na cabeça e os demais no pescoço e nos braços.
A polícia segue investigando tanto o caso envolvendo a criança quanto a autoria do homicídio de Jessica, de forma a analisar minuciosamente as duas graves situações.