A Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), efetuou uma operação policial nesta terça-feira (22), que resultou na prisão de Igor Richardson de Moura, de 27 anos e Ronan Benevides Freire Massulo, de 20 anos, após cumprimento de mandado de prisão preventiva pelo crime de furto qualificado, e na prisão em flagrante de Renê Lima de Souza Filho, 25 anos, por suspeita da prática do crime de receptação. O fato ocorreu na Rua México, Loteamento Parque das Nações, bairro Flores.
Na operação, foram encontradas com os infratores diversas baterias estacionárias usadas em estações rádio base (ERB) de operadoras de telefonia celulares, porém, as baterias estavam sendo usadas em aparelhagens de som.
De acordo com o delegado Aldeney Goes, titular da Derfd, os autores Igor e Ronan já eram investigados desde março deste ano, quando foram denunciados por receptadores que foram encontrados com as baterias estacionarias furtadas e, mesmo após serem indiciados, continuaram praticando furtos em torres de telefonia celular.
O delegado informou que para agir, os criminosos invadiam as estações de rádio base (ERB), espalhadas por vários pontos da cidade ou simulavam estarem prestando algum serviço de manutenção e, ao terem acesso às baterias, eles utilizavam materiais como esmerilhadoras, alicates e outros instrumentos de corte, furtavam as baterias disponíveis e saiam do local sem serem percebidos.
Cada bateria furtada pode custar entre R$750,00 a R$1500,00, dependendo do modelo e capacidade, sendo que mais de duzentas delas foram furtadas nos últimos meses para serem revendidas por receptadores para implementação de uso em sistemas de energia solar rural e para confecção de aparelhagem de som de alta capacidade, o que causa grande prejuízo para as operadoras de telefonia.
O delegado ressaltou ainda que as estações rádio base (ERB) das operadoras de telefonia possuem baterias auxiliares em número suficiente para atuar como backup seguro em emergência, essa medida foi adotada e mantêm o sinal dos aparelhos celulares da população em geral mesmo em situações de interrupção total do fornecimento de energia elétrica.
O problema começou quando os criminosos perceberam o alto valor de cada bateria disposta nessas estações e a frágil segurança desses locais. Além do fato de que a retirada das baterias não é percebida de imediato, pois o sistema continua funcionando até a interrupção da energia externa, que ocasionou a progressão da prática delituosa sob investigação.
As diligências da operação resultaram primeiro na identificação dos receptadores, os quais optaram por colaborar com as investigações indicando os autores, e, em um segundo momento, as investigações chegaram até Ronan e Igor.
Góes explicou ainda que esse tipo de crime vem ocorrendo em diversos pontos de Manaus e de cidades vizinhas, o que vem ocasionando déficit do serviço oferecido pelas operadoras telefônicas.