O engenheiro André Elias Almeida Soares, de 39 anos, preso na última quarta-feira (9), planejava explodir prédios da UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e da UFAM (Universidade Federal do Amazonas).
Segundo a Polícia Civil, ele também perseguia judeus e simulava sexo com crianças em vídeos. Documentos apreendidos revelam planos detalhados de ataques.
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Engenheiro preso por apologia ao nazismo tinha plano terrorista
As provas encontradas no computador de André incluem planilhas com endereços, datas e alvos dos ataques. As datas escolhidas eram 11 e 21 de março, mas os atentados não chegaram a acontecer.
Ele pesquisava na internet sobre explosivos e comprava roupas de bombeiros e militares. A polícia também encontrou uma lista com nomes de possíveis vítimas, incluindo políticos, professores e até uma criança.
Lista de alvos incluía governador e ex-reitor da UFAM
O documento, intitulado “O coração do ódio”, misturava comandos em português e inglês. Cada nome vinha com um código que indicava o tipo de ataque: letal ou para causar sofrimento.
Entre os alvos estavam o ex-reitor da UFAM, Cleinaldo de Almeida Costa, o governador do Amazonas, Wilson Lima, sua esposa e a filha de apenas 4 anos. Até o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, foi citado.
Em um trecho da planilha, o engenheiro escreveu o comando “matar todos” e mencionou um ataque ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Simbolismo nazista e vídeos mascarados
De acordo com a polícia, no dia 25 de março, André espalhou símbolos nazistas pela UFAM. Em vídeos, ele aparece mascarado circulando pelas dependências da universidade.
Todo o material está sendo periciado e pode embasar acusações por terrorismo, racismo, apologia ao nazismo e outros crimes.
Casos como esse acendem o alerta para crimes de ódio e extremismo. Em 2023, o Brasil registrou aumento nos crimes de motivação ideológica, segundo dados do Ministério da Justiça.
O caso segue sob investigação e pode ter desdobramentos nas esferas federal e internacional.