Em meio à escalada de violência no Equador, que inclui a tomada de uma emissora de TV ao vivo por criminosos, o presidente Daniel Noboa decretou, nesta terça-feira (9), “conflito armado interno” no país.
A medida autoriza a intervenção do Exército e da Polícia Nacional no país contra facções criminosas, e também:
- Identifica como organizações terroristas 22 facções criminosas e “atores beligerantes não estatais”;
- Determina às Forças Armadas a execução de operações militares para “neutralizar” os grupos criminosos, “respeitando os direitos humanos”.
A polícia do Equador prendeu todos os homens armados que invadiram um estúdio da rede de televisão TC em Guayaquil nesta terça-feira (9). Segundo as autoridades, 13 pessoas foram detidas, provas foram recolhidas no local e armas e explosivos foram apreendidos.
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A invasão por homens encapuzados e armados aconteceu durante transmissão ao vivo do canal de notícias. Diversos funcionários foram rendidos e foi possível ouvir tiros e gritos ao fundo. As autoridades destacaram que todos os funcionários estão vivos.
Uma transmissão que foi cortada mostrou pessoas reunidas no chão dos estúdios, enquanto homens armados gesticulavam para a câmera.
O Ministério da Educação do Equador anunciou que as aulas presenciais estão suspensas em todo o país até o dia 12 de janeiro. Já a Direção-Geral de Aviação Civil pediu que a segurança seja reforçada em instalações aeroportuárias, áreas públicas e imediações.
O caso aconteceu em meio aos sequestros de policiais e uma série de explosões, um dia depois que o presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência após o criminoso mais procurado do país ter desaparecido da prisão.
Um hospital de Guayaquil sofreu ação criminosa. O jornal equatoriano El Universo ouviu relatos de que um grupo uniformizado roubou médicos e pacientes no hospital Teodoro Maldonado Carbo. A polícia chegou no local a tempo de evitar sequestros, diz a publicação.
Países da América Latina, como Argentina, Colômbia e Bolívia oferecem ajuda ao Equador para contornar a crise de segurança. O Brasil apenas manifestou solidariedade.
O presidente afirmou que não negociará com terroristas e que trabalhará incansavelmente para devolver a paz aos equatorianos.