A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, a partir de 11 de março de 2025, todas as operações da Voepass devido a violações nas condições de segurança estabelecidas pelo órgão regulador. A medida resultou no cancelamento de todos os voos da companhia, incluindo aqueles que partiam ou chegavam ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
Passageiros afetados no Amazonas
A Voepass operava no Amazonas com uma rota triangular entre Manaus, Tefé e Santa Isabel do Rio Negro, além de um voo direto para Porto Urucu. Com duas frequências semanais para Tefé e Santa Isabel e mais um voo para Porto Urucu, pelo menos oito voos semanais foram cancelados, considerando ida e volta.
Cada aeronave da Voepass transportava cerca de 72 passageiros. Com oito voos cancelados por semana, estima-se que 576 passageiros tenham sido impactados a cada semana pela suspensão da companhia aérea no estado. Esse número pode ser ainda maior considerando conexões e passageiros que precisavam dessas rotas para deslocamento na região amazônica.
Impacto no transporte aéreo regional
A suspensão da Voepass prejudica principalmente passageiros que dependem da aviação para deslocamentos em áreas remotas do Amazonas. Tefé, Santa Isabel do Rio Negro e Porto Urucu possuem acesso limitado por via terrestre e fluvial, tornando a aviação uma das poucas opções rápidas e viáveis de transporte. Com o cancelamento dos voos, moradores dessas regiões podem enfrentar dificuldades logísticas, além de possíveis aumentos nas tarifas de outras companhias devido à redução da oferta.
O que fazer agora?
A Anac recomenda que os passageiros afetados entrem em contato diretamente com a Voepass ou com a administração do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes para buscar informações sobre reembolsos, remarcações ou soluções alternativas de transporte. Além disso, órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-AM, podem auxiliar em eventuais problemas com ressarcimentos.
A incerteza sobre a retomada das operações da Voepass gera preocupação entre os passageiros frequentes dessas rotas, que agora precisam buscar novas alternativas para viagens dentro do estado.