O avião modelo Seneca prefixo PT-RFD, apreendido nesse domingo, dia 17, logo após pousar no Aeroclube de Manaus, foi flagrado por um indígena sendo carregado com drogas no na pista do aeroporto de Tabatinga, a 1.108 quilômetros da capital. Foi ele quem avisou a Polícia Federal (PF).
Essa informação foi confirmada por um piloto que estava em no aeroporto de Tabatinga e ouviu toda a confusão pelo rádio de comunicação, mas pediu para não ter o nome revelado.
Segundo ele, o avião pousou na cidade só para o embarque de um casal. Logo após ele voltou a pista para decolar em direção a cidade de Carauari, que fica a 344 quilômetros de Tabatinga. No entanto, assim que iniciou a corrida para a decolagem o piloto abortou o procedimento e parou na parte da pista perto da mata que cerca o aeroporto.
Nesse momento, segundo esse piloto, um indígena que fica de vigilante próximo a aldeia Umariaçu, localizada ao lado da pista de pouso, viu o avião sendo carregado com a droga. Tudo foi muito rápido e logo a aeronave decolou.
Pouco tempo depois a informação chegou a Polícia Federal. O piloto do Seneca prefixo PT-RFD chegou a ser chamado no rádio mas não respondeu. O avão seguiu para Carauari e depois para Manaus.
Como a PF já sabia de toda a operação, as equipes da Superintendência em Manaus apenas seguiram para o Aeroclube para esperar o avião pousar. Assim que aterrizou os policiais federais cercaram a aeronave, fizeram as buscas e encontraram 130 quilos de drogas, entre cocaína e maconha.
Segundo fontes da Polícia Federal, o piloto de 32 anos chegou a alegar que não sabia de nada, mas o depoimento do indígena que viu toda a ação de carregamento ainda em Tabatinga desconstrói a defesa do piloto. Ele e o passageiro, um homem de 21 anos, foram presos em flagrante.
A avião, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), pertence ao empresário Carlos Iran Cavalcante de Oliveira.
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