A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (4/11), a Operação Overlord, com o objetivo de desarticular organização criminosa que vinha atuando no tráfico internacional de entorpecentes. A droga era transportada a partir da região de Guaíra (PR) e tinha como destino a cidade de São Paulo (SP).
Foram mobilizados cerca de 100 Policiais Federais para o cumprimento de 29 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra, sendo 18 de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva, nas cidades de Guaíra (PR), Terra Roxa (PR), Xambrê(PR), São Paulo (SP), Barueri (SP), Itupeva (SP) e Jundiaí/ (SP). A investigação durou aproximadamente um ano e, durante esse período, a Polícia Federal conseguiu vincular três flagrantes de tráfico de drogas à atuação do grupo investigado.
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No total, foram apreendidas mais de uma tonelada de cocaína e 1,2 tonelada de maconha. A organização se utilizava de empresas de transporte de fachada, cujos sócios eram laranjas conscientes do esquema e com as quais eram contratados fretes de mercadorias lícitas a fim de dissimular o carregamento de drogas em fundos falsos instalados nos caminhões. Era comum ainda a transferência de propriedade dos veículos utilizados para o transporte e para “bater” a carga entre os integrantes da organização.
As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento, especialmente dos líderes da organização, permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor. Desse modo, além dos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, a operação tem como objetivo descapitalizar a organização criminosa, tendo sido determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 19 investigados, o bloqueio de contas em nome das pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes, e ainda o bloqueio de 45 veículos de propriedade de seus membros.
Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 33 anos de prisão.
A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Paraná através do Grupamento de Operações Aéreas (G.O.A.). As informações são da PF.