O vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, publicou vídeo nesta quarta-feira (10) onde relata ter prendido oficiais da Polícia Militar do Estado e um empresário por tentativa de corrupção. Ele afirmou que os envolvidos lhe ofereceram até R$ 200 mil por mês para evitar que ele publicasse vídeos que filmou durante a realização de uma fiscalização em um pátio de veículos guinchados, no bairro de São Cristóvão, zona Norte da capital fluminense.
Segundo Gabriel, ele foi convidado a ser “parceiro” do grupo, que ofereceu altos valores para o vereador com o intuito de que o mesmo não publicasse os vídeos onde denuncia o descaso na garagem de carros apreendidos e apontou diversas irregularidades Na terça-feira (8), Monteiro constatou peças faltando em diversos automóveis que foram conduzidos para o pátio, administrado por uma empresa privada.
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O vereador afirma que foi abordado por telefone primeiramente, durante a fiscalização, ainda no pátio de veículos. Posteriormente, os envolvidos foram até sua, onde ee filmou o encontro e deu voz de prisão aos dois oficiais e ao suposto dono da empresa.
Segundo informações do portal G1, o próprio prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou ao vereador que irá rescindir o contrato com a empresa JS Salazar, administradora do espaço e responsável pelo serviço de guinchos na cidade. O contrato é firmado por meio da Secretaria de Ordem Pública (Seop).
“Tô a madrugada toda trabalhando aqui na delegacia. O 01 ta preso. Acabo de prender o sócio da empresa que administra os pátios. Ele tentou me corromper com R$ 200 mil. Ele está aqui na delegacia preso. Oficiais da Polícia Militar estão envolvidos e com certeza muita coisa e muita gente grande vai se complicar. Eu falei que não teria medo e que combateria”, disse Gabriel Monteiro em vídeo na saída da delegacia.
O caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (DP), na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade. O vídeo pode ser assistido no link abaixo:
Respostas
Em nota, a Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop) informou que rescindiu o contrato com a empresa J. Salazar unilateralmente, porra causo do registro de ocorrência apresentado na 16ª DP.
A Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro informou que os policiais citados na reportagem estavam de folga e o caso será apurado pela Polícia Civil em inquérito.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o 31º BPM foi acionado ao local do fato, conduziu as partes à delegacia e a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) está acompanhando a apuração da Polícia Civil a fim de verificar os aspectos correcionais.
As informações são do G1.