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- Três PMs e um guarda foram presos no Amazonas, sábado (26), após denúncia de estupro contra indígena presa ilegalmente.
- As prisões ocorreram em Manaus, Tabatinga e Santo Antônio do Içá, com apoio das Polícias Civil e Militar.
- A vítima relatou estupros, tortura psicológica e ameaças durante nove meses de detenção com seu bebê.
- Policiais suspeitos de estupro no Amazonas foram afastados e tiveram o porte de armas suspenso por ordem judicial.
Três policiais militares e um guarda municipal foram presos no Amazonas, suspeitos de estuprar uma mulher indígena da etnia Kokama. A vítima ficou presa de forma irregular por nove meses com seu bebê, na delegacia de Santo Antônio do Içá.
As prisões foram feitas neste sábado (26), após denúncia do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A Justiça acatou o pedido em menos de 24 horas.
Quem são os suspeitos?
Foram presos:
- 1 PM em Tabatinga
- 1 PM em Manaus
- 1 PM e 1 guarda municipal em Santo Antônio do Içá
Outros dois policiais militares ainda devem se entregar. Um está de férias e o outro em missão, ambos em Tabatinga.
Prisões ocorreram em três cidades
Os mandados foram cumpridos por equipes das Polícias Civil e Militar nos municípios de Manaus, Tabatinga e Santo Antônio do Içá. Os suspeitos ainda estavam em atividade nas corporações.
As prisões foram solicitadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dentro de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) aberto pela Procuradoria-Geral de Justiça.
O que a polícia já sabe
Segundo o MPAM, os abusos aconteceram durante nove meses. A vítima relatou que sofreu:
- Estupros frequentes
- Tortura psicológica
- Humilhações e ameaças
Ela também contou que, após ser transferida para a Cadeia Pública Feminina de Manaus, PMs foram até a casa da mãe dela para ameaçar a família.
Justiça determinou afastamento e suspensão de armas
Nos pedidos de prisão preventiva, o MPAM destacou:
- Risco à integridade da vítima
- Possibilidade de novos crimes
- Prejuízo à investigação
Com base no art. 254 do Código de Processo Penal Militar, o MPAM também solicitou o afastamento dos suspeitos das funções públicas e a suspensão do porte de armas.
Ocorrência chocou a população
O caso gerou revolta na região. A vítima, indígena e mãe, ficou detida com o filho em condições ilegais. A denúncia foi feita diretamente às promotoras Priscila Pini e Lilian Nara, que colhem provas para garantir a responsabilização dos envolvidos.
O processo corre em segredo de Justiça para proteger a mulher e garantir a apuração dos fatos.
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