O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta quarta-feira (9), durante operação da Polícia Federal intitulada “Operação Constituição Cidadã”, que apura interferência no segundo turno das eleições de 2022. Ele estava em Florianópolis (SC) quando foi detido.
A PF informou em um comunicado que Vasques teria “direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores” no dia 30 de outubro do ano passado, data do segundo turno do pleito.
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A investigação mostra que a operação da PRF, que barrou a circulação de eleitores dos estados do Nordeste, reduto eleitoral do PT, foi planejada pela gestão de Vasques no início daquele mês. Na ocasião, as blitze montada por Vasques chegaram a ser proibidas por Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Silvinei Vasques já havia comparecido à CPMI do 8 de Janeiro para tratar do assunto. O entendimento é de que a operação da PRF coordenada por ele foi um ato preparatório para os ataques terroristas em Brasília.
No depoimento, ele negou os fatos. As inconsistências em suas declarações, porém, já tinham chamado a atenção de parlamentares. Naquela ocasião, diversos senadores e deputados afirmaram que o ex-diretor da PRF teria mentido sob juramento e, portanto, deveria ter sido preso.
Além do mandado de prisão de Vasques, a PF também cumpre dez de busca e apreensão: dois em Santa Catarina; dois no Rio Grande do Sul; cinco no Distrito Federal; e um no Rio Grande do Norte. A operação da PF tem apoio da Corregedoria Geral da PRF.