Clauber Ferreira Magalhães, vulgo “Japonês”, de 29 anos, Ilma Souza de Almeida, 28, e Jerson Rodrigues dos Santos, 36, conhecido como “Jelson”, foram presos após cumprimentos de mandados de prisões preventivas realizados pela Polícia Civil ontem e hoje. O trio é investigado por integrar um quadrilha que clonava e revendia carros roubados.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furto de Veículos (DERFV), as investigações indicaram que Ilma era a responsável por receptar e revender os carros em municípios do interior do estado, a mando de Jerson, que era o articulador do esquema e já estava na prisão. Clauber adulterava os sinais identificadores desses carros.
Jerson e Ilma registraram união estável em cartório, cuja validade está sendo investigada. O objetivo era que ele pudesse operar o esquema criminoso com maior facilidade e segurança enquanto estivesse preso.
Nas investigações, a equipe policial descobriu ainda que além de receber e revender os veículos, Ilma também se apresentava como falsa advogada, e cobrava dinheiro de outros criminosos para, supostamente, influenciar em decisões judiciais.
O delegado explica ainda o irmão de Ilma, identificado como Adão Neto, está sendo procurado pela polícia suspeito de participar da venda desses veículos roubados. Dois carros já foram recuperados, entretanto, os investigadores descobriram que o grupo já vendeu, pelo menos, 10 veículos.
A quadrilha é conhecida da polícia
O delegado Cícero Túlio destacou que Jerson Rodrigues é integrante de uma facção criminosa e possui diversas passagens pela polícia. Ele já havia sido preso em julho do ano passado durante a operação “Guilhotina”, deflagrada pela DERFV. A operação desarticulou um grupo criminoso em que presidiários orientavam os demais membros do bando a roubar e clonar veículos.
Segundo Túlio, antes disso, em fevereiro de 2019, “Jelson” já havia sido preso pelas equipes da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), pelo envolvimento no homicídio do advogado Armando de Oliveira Freitas, que tinha 79 anos, ocorrido em maio de 2018.
No dia 8 de abril, a polícia extraiu áudios e prints de conversas do celular “Japonês”. As mensagens mostram a quadrilha falando do delegado Cícero Túlio e ainda tramando a morte do dono de uma oficina.
O trio foi indiciado por associação criminosa, receptação e adulteração de sinal identificador de veículos. Após os trâmites na Especializada, os três criminosos estão à disposição da Justiça. A Polícia Civil solicita de quem tiver informações do paradeiro de Adão, pode entrar em contato com as equipes policiais, por meio do número (92) 99962-2442, da DERFV, além do 181.