Na noite de segunda-feira, dia 10, ainda durante o foguetório promovido em Manaus pela organização criminosa Comando Vermelho, o sistema de segurança pública instalou um gabinete de crise e colocou um efetivo reforçado nas ruas. Três supostos líderes da facção foram presos com arma e pelo menos mais cinco foram detidos fazendo pichação em apologia ao crime organizado.
“Estamos nos antecipando e fazendo tudo que é preciso para resguardar a ordem nos presídios e a integridade da população. O firme combate ao tráfico provoca reações e estamos utilizando todo nosso aparato policial, e de inteligência, para proteger a população’’, afirmou Carlos Almeida, governador em exercício.
Em uma das áreas mais disputada por CV e FDN, o residencial Viver Melhor, a Rocam prendeu um homem apontado como liderança do local. Renato do Nascimento Palhares fazia a proteção de um grupo que pichava um muro quando foi preso com uma arma.
Na área do Centro, policiais da 24ª Cicom prenderam cinco homens que faziam o chamado “bonde” para soltar fogos e pichar paredes com a sigla do Comando Vermelho.
Mortes
Enquanto os policiais agiam em todas as zonas da cidade, as facções se matavam dentro e fora do presídio.
Na rua Sobrinho Maranhão, no Aleixo, um membro do Comando Vermelho foi assassinado a tiros pelo grupo rival no momento em que pichava o símbolo da facção carioca.
No Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, o detento Fabrício Silva dos Santos Neto, de 31 anos, foi morto por três colegas de cela.
Fora essas situações pontuais, nenhuma outra ocorrência mais grave foi registrado em Manaus.