Na manhã deste domingo (18), um barco com quase mil passageiros foi interceptado e proibido de sair do cais da Balsa Amarela, no Porto da Manaus Moderna, no Centro de Manaus. A embarcação seguiria para um passeio no rio, passando pelas praias nos arredores da capital amazonense.
De acordo com o diretor-presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas (Arsepam), João Rufino, a embarcação tinha capacidade máxima de 450 pessoas, mas deveria receber, no máximo, metade desta lotação, para atender ao decreto estabelecido pelo governo estadual para o combate a epidemia do novo coronavírus.
“Tivemos acesso a lista de passageiros e por ela a lotação do barco estava dentro do limite, porém, o que se viu é que ela está com superlotação. Tem 450 pessoas lá dentro e outras 200 ou 300 que estão aqui fora e que ainda iam embarcar. Esse barco sairia daqui com cerca de 750 pessoas no total”, .
João Rufino, diretor-presidente Arsepam
Leia mais: Polícia encerra rave fluvial de cinco dias na Amazônia
O diretor-presidente da Arsepam afirmou ainda que os organizadores do evento que ocorria no barco interceptado serão responsabilizados por infringir o decreto que proíbe aglomerações. Com apoio da Polícia Militar, os passageiros foram retirados do barco e dispersados para evitar aglomerações.
“Não tinha distanciamento entre as pessoas, não tinha nenhum protocolo sendo respeitado. Tinha muita gente tanto do lado de dentro como de fora. Nós não permitimos que o barco saísse, acabamos com a festa”, diz Geize Souza, fiscal da FVS.
De acordo com ela, os proprietários da embarcação alegaram entender que estavam cumprindo com as medidas e que consultaram as autoridades.
“Disseram que venderam os ingressos e que muita gente queria e por isso eles venderam a mais. Ao ver deles, eles estavam cumprindo o decreto, mas não foi isso que se viu”. finalizou a fiscal.