Uma ação policial deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) resultou na prisão de Fabrício de Souza Nascimento e Fernando Moreira de Souza, líderes de uma organização criminosa de estelionatários que promoveu a venda de um carro alugado, com adulterações no Documento Único de Identificação (DUT). A operação aconteceu entre segunda (20) e terça-feira (21), nos bairros São Francisco e Centro, localizados na zona Sul de Manaus.
No decorrer das diligências realizadas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), outros integrantes do grupo foram identificados e detidos. De acordo com o delegado Aldeney Goes, titular da Derfv, que coordenou a ação, o crime ocorreu no dia 22 de julho deste ano, quando a primeira vítima, um homem de 38 anos, que trabalhava com compra e venda de veículos, intermediou a compra de um automóvel de marca Jeep, modelo Compass, de cor preta, para uma segunda vítima, que teve o prejuízo de R$ 102 mil.
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“Assim que a vítima percebeu que teria caído em um golpe compareceu na Derfv para efetuar a denúncia e relatou que teria comprado o veículo de um homem que se identificou como “David”, que depois verificamos que se tratava de Fernando. A vítima marcou encontro para a vistoria do carro, mas só constatou a adulteração quando chegou na sua residência, após a compra”.
Aldeney Goes, delegado titular da Derfv
No ato da compra uma das vitimas realizou uma transferência bancária para a conta de uma mulher envolvida no crime, identificada como Julia Jossana Lopes Alves.
Goes informa ainda que, para a prática do crime, os indivíduos alegaram conseguir um documento oficial do automóvel, que passa por um processo de “limpeza” para reescrever todos os dados.
Estelionatários venderam automóvel adulterado
Foi constatado que, anteriormente ao golpe, Fabrício compareceu em uma locadora de veículos, acompanhado de dois homens identificados como Arthur Viking e Mikahakene Reinaldo de Souza, ocasião em que alugaram o Jeep utilizado no crime. Ainda no decorrer dos trabalhos policiais um sexto integrante, que foi identificado apenas como “André”, também foi investigado.
Segundo o delegado Aldeney Goes, o valor do golpe seria repartido entre os integrantes do bando e afirmou que foi pedida a quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens em desfavor dos cinco já indiciados.
As investigações em torno desse grupo criminoso terão continuidade em outro Inquérito Policial (IPL) para que seja averiguado outras situações praticadas pelos infratores, que foram descobertas pelos investigadores da Derfv.
Arthur, Julia e Mikahakene foram indiciados pela participação no estelionato. Já Fabrício e Fernando irão responder por estelionato, furto mediante fraude, adulteração de sinal, falsificação de documento público e associação criminosa.