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Delegada presa com quase R$ 2 milhões em casa chega em presídio para audiência de custódia

por Raphael
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Na manhã desta quarta-feira (11), a delegada licenciada Adriana Belém, presa durante a operação “Calígula”, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deu entrada no Instituto Penal Oscar Stevenson, Benfica, zona Norte da capital fluminense, onde deve passar por audiência de custódia no início da tarde. No apartamento de Adriana foram encontrados quase R$ 2 milhões em dinheiro durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, o que culminou com sua prisão, diante do que os promotores julgaram como fortes indícios de lavagem de dinheiro.

A investigação é parte de um conjunto de ações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, que investiga a ligação da delegada com uma quadrilha que explora jogos de azar e máquinas caça-níqueis na capital fluminense. Inicialmente, ela era investigada por corrupção, depois que máquinas foram retiradas da 16ª Delegacia de Polícia, então comandada por ela, sob liberação da autoridade policial.

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Em janeiro de 2020 Adriana entregou o cargo na unidade policial depois que seu braço-direito, Jorge Luiz Camillo, e o inspetor de polícia Alex Fabiano Costa de Abreu, foram presos por atuarem contra investigações que envolviam a milícia atuante nos bairros de Rio das Pedras e Muzema, também na Zona Oeste do Rio, na operação Intocáveis II, também do Ministério Público do Rio.

Depois que a fortuna foi encontrada em seu apartamento de luxo, no mesmo bairro de sua antiga delegacia, ela passou a noite na sede da Corregedoria da Polícia Civil . Licenciada para servir como assessora na Secretaria Municipal de Esportes do Rio de Janeiro, com salário de R$ 8.345,14, Adriana foi exonerada do cargo – que assumiu no mês passado – horas depois da detenção. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial da cidade desta quarta-feira.

No pedido de prisão preventiva, o juiz Bruno Monteiro Ruliere afirmar que o valor encontrado na casa da delegada significa que ela tem forte ligação com a organização criminosa investigada na operação. Ele escreveu ainda que sua liberdade pode culminar em possíveis ocultações de provas ou “embaraços aos atos de instrução criminal”.

O TJRJ informou que o processo tramita em segredo de justiça. As informações são do jornal “O Dia”.

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