Por Isabela – Especial para o P24h
Por causa de um óculos de sol e R$ 20, um homem identificado como Davi Albertino, de 39 anos, acabou assassinando o colega de quarto, identificado como João Tarcísio Barbosa, de 42 anos. Após a morte do colega, Davi ainda foi até a Delegacia reportar o falecimento do amigo como morte natural.
Um áudio do delegado Aldiney Nogueira, titular da 74ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) em Santa Isabel do Rio Negro, a 631 quilômetros de Manaus, relata como se desenrolou essa história. “Davi foi até a delegacia e informou que o colega de quarto havia chegado por volta das 19h30 do dia anterior, estava bêbado e se deitou no chão da kitnet. Quando David acordou, chamou pelo colega de quarto mas ele não respondeu, depois percebeu que o homem estava morto no colchão”, relatou o delegado.
Uma equipe policial foi então ao kitnet onde os dois viviam e começaram a duvidar da versão relatada por Davi. O corpo no chão apresentava hematomas, sinais claros de um espancamento. No chão e na cama, manchas de sangue também apontavam para uma morte criminosa.
“Após o exame necroscópico constatar que a morte foi criminosa procedemos mais um interrogatório com o suspeito. Ele disse que o amigo havia sido espancado na rua antes de ir para casa dormir”, afirma Aldiney.
Quanto mais o cerco se fechava, mais o suspeito ficava apreensivo. Uma informação, relatada por conhecidos da vítima e do criminoso foi decisiva para solucionar o caso. “Na semana anterior a morte de João, os dois tiveram uma discussão. Segundo testemunhas, David estava com uma arma branca e chegou a ameaçar o colega de morte”, disse o delegado.
O suspeito foi pressionado para relatar onde estava e o que estava fazendo na hora da morte de João Tarcísio. O álibi dele era que estava na casa de vizinhos, jogando dominó e bebendo cerveja, mas os vizinhos negaram essa versão. Após isso, ele confessou o crime.
Para a polícia ele relatou que o crime foi motivado por uma discussão após o colega ter furtado R$ 20 e também quebrado um óculos de sol que pertencia a Davi. Apesar do crime, ele informou que não tinha a intenção de assassinar o colega.
O suspeito foi preso em flagrante e a polícia deve solicitar a conversão da prisão para preventiva. Os procedimentos investigativos vão continuar para descobrir os detalhes do que aconteceu entre os dois colegas.